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Evite trilhas além do seu limite: como escolher a aventura ideal para você

Atualizado: há 7 dias

pessoa vestida como trilheira, de costas e contemplando o horizonte azul

Você sabia que escolher a trilha errada pode transformar o sonho de uma aventura em um pesadelo?

Não estamos falando apenas de cansaço ou arrependimento — mas de dores físicas, frustrações emocionais, acidentes e até situações de risco real à vida. E o mais grave: isso acontece com mais frequência do que se imagina.

Muita gente escolhe roteiros apenas pela beleza das fotos ou pela empolgação do momento, sem avaliar se está realmente preparada — física e psicologicamente — para o desafio. Outras vezes, a decisão vem por influência de amigos, ou até por ego: o medo de “ficar para trás” faz com que muitos ignorem sinais óbvios de que aquele roteiro não é para agora.


Neste artigo, vamos abrir os bastidores do trekking:

  • mostrar os erros mais comuns de quem escolhe mal;

  • explicar por que o impacto não é só individual, mas afeta todo o grupo;

  • e apresentar uma maneira mais responsável de classificar os roteiros — baseada na experiência real do participante.


Você vai entender, de forma clara e prática, como escolher a trilha ideal para o seu perfil e por que isso é mais importante do que parece. Porque na montanha, o preparo salva. E a decisão certa começa antes da mochila estar pronta.



Toda trilha tem uma exigência — e é sua responsabilidade conhecê-la


A maioria das agências classifica seus roteiros como fáceis, moderados ou difíceis. Parece simples, mas não é, pois avaliar a dificuldade de uma trilha envolve considerar terreno, clima, peso que será carregado, distância diária, tipo de pernoite e até o impacto emocional de longas caminhadas em locais isolados.

Mesmo com toda essa complexidade, muita gente encara a decisão de forma impulsiva. E o resultado costuma ser pesado.

Muitos ainda, por imaturidade, colocam a culpa no guia ou na agência. Mas em 90% dos casos, a responsabilidade é da própria pessoa.



Os erros mais comuns — e como eles acontecem


Os principais motivos são:

  • Desprezo pela real dificuldade da aventura ("ah, é só andar, o que tem de mais?");

  • Ignorância (não leu nenhum material didático ou informativo sobre a trilha, não se informou);

  • Omissão de informações pessoais ou limitações físicas / psicológicas ao líder do grupo ou à agência, por vergonha ou vaidade;

  • Influência externa - quando alguém vai só porque amigos vão;

  • Impulso e ego, quando o desejo de "vencer" supera a escuta do corpo.


Exemplos não faltam:

  • Pessoa jovem, imprudente, que não lê o material e subestima a trilha;

  • Pessoa mais velha, querendo provar algo a si mesma ou ao grupo, e que tende a desobedecer orientações básicas.


Teve quem apareceu com mochila escolar em travessia pesada de 3 dias — e ficou com o ombro quase em carne viva por conta do atrito da alça e o corpo inteiro dolorido pelo constante desequilíbrio da mochila balançando.

Outros tantos foram com tênis de cidade ou botas "de rodeio", e passaram o dia inteiro com dores nos dedos, bolhas, hematomas na sola do pé.



Os perigos reais — que pouca gente considera


Quando alguém escolhe mal, o grupo inteiro sofre.

Os riscos mais comuns são:

  • Exaustão (queda de pressão, fraqueza, vômito);

  • Desidratação e hipoglicemia;

  • Crises emocionais (ansiedade, pânico, mal humor);

  • Quedas e escorregões por reflexo lento ou calçado inadequado;

  • Resgate difícil ou impossível, já que muitas trilhas são remotas;

  • Sim, há risco de morte — mesmo com guias experientes e bom planejamento.


E o impacto é coletivo. Numa agência, os demais participantes não pagaram para acompanhar ou ajudar alguém despreparado - e sim, para aproveitar a experiência de forma positiva, rica e plena. Ninguém se recusa a ajudar, mas quando o problema foi causado por ego, teimosia ou irresponsabilidade, a frustração do grupo é grande. Parece — e muitas vezes é — um ato de egoísmo puro e simples.



Como se precaver — e respeitar a coletividade


No Brasil, é raro encontrar roteiros com porteadores. E quando há, são contratados exclusivamente para esse fim. Eles normalmente não guiam e não prestam socorro, pois não estão preparados para tal.


Guia profissional também não carrega mochila de participante, exceto em caso de emergência - lembre-se: cansaço por despreparo não se classifica como emergência. A verdade é simples: quem leva algo na mochila, decidiu levar. E deve ser responsável por isso.


Se você for participar já contando com ajuda de colegas de trilha ou do guia, ou com a possibilidade de resgate — talvez seja melhor repensar sua ida.


Lembre-se: se, depois da reserva, você perceber que o roteiro não é pra você — cancele. Sim, pode haver prejuízo financeiro. Mas ele é menor do que o prejuízo físico ou emocional que virá se você insistir.



A classificação da Terra Trekking — mais completa, mais realista


Por tudo isso, nós da Terra Trekking desenvolvemos uma classificação mais ampla, que ajuda o participante a tomar uma decisão sensata e honesta.

Nossos roteiros são divididos em:

  • Leve

  • Leve superior

  • Moderado

  • Moderado superior

  • Difícil

  • Extenuante


E para cada passeio, classificamos em dois níveis de dificuldade, de acordo com dois tipos de pessoas:

  • Para pessoas com experiência e bom condicionamento físico

  • Para iniciantes ou pessoas com restrições físicas ou que não praticam atividades com frequência


Além disso, especificamos os obstáculos do caminho, desafios técnicos, trechos expostos, distâncias, alertas e contra-indicações. A decisão é sua, mas o conhecimento estará sempre acessível.



Não tenha pressa. A montanha continua lá.


A trilha certa não é a mais difícil. É a que respeita seu momento, seu corpo e sua mente.

Fazer uma escolha consciente não é desistir. É adiar com sabedoria para viver com intensidade — e com segurança.

A Terra Trekking acredita em aventuras verdadeiras. E isso começa com escolhas responsáveis.

Se quiser entender qual roteiro combina mais com você, acesse nossa página de roteiros. A Natureza continua lá. E a gente também.




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